Segundo Bosi (1994, p. 441), mais que um
sentimento estético ou de utilidade, os objetos nos dão um assentimento à nossa
posição no mundo, à nossa identidade. Trazem consigo as narrativas sobre o
passado vivido pelos sujeitos - portam memórias. Somente a divindade da
memória, a Mnemosyne, pode fazer a ligação entre o que nós fomos, o que somos e
aquilo que seremos, pois seus aspectos fazem uma analogia entre a estrutura
subjetiva do tempo, traduzida entre presente-passado, presente-presente e
presente-futuro.
Em “Vira pó...?” a artista utiliza a fotografia em sua essência para registrar no tempo/ espaço o momento em que sapatos descartados pela cidade são encontrados. Numa ação poético-arqueológica, os sapatos, portadores de diversas memórias, são coletados das ruas e trazidos ao espaço expositivo como recortes de dezenas de narrativas que, somadas, vão revelando a sociedade em que vivemos. Ao serem trazidos a este espaço, os sapatos são também re-significados num diálogo controverso entre seu uso, suas memórias, seus significados e enquanto objetos artísticos.
BOSI, Ecléa. Memória e sociedade - lembranças de velhos. 3ed. São Paulo: Cia das Letras, 1994.
Em “Vira pó...?” a artista utiliza a fotografia em sua essência para registrar no tempo/ espaço o momento em que sapatos descartados pela cidade são encontrados. Numa ação poético-arqueológica, os sapatos, portadores de diversas memórias, são coletados das ruas e trazidos ao espaço expositivo como recortes de dezenas de narrativas que, somadas, vão revelando a sociedade em que vivemos. Ao serem trazidos a este espaço, os sapatos são também re-significados num diálogo controverso entre seu uso, suas memórias, seus significados e enquanto objetos artísticos.
BOSI, Ecléa. Memória e sociedade - lembranças de velhos. 3ed. São Paulo: Cia das Letras, 1994.
Serviço:
Exposição “Vira pó...?”
Local: Galeria Archidy Picado
Abertura: 04 de Outubro de 2012
Horário: às 19h
Entrada: gratuita
Realização: Fundação Espaço Cultural da Paraíba
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